Não faço a mínima ideia do que to procurando


        Talvez uma distração momentânea. Algo que pudesse me tirar de jogo e me tirar as preocupações e pressões pessoais. Algo que tirasse as confusões que faço sobre coisas tão concretas e sólidas e os medos que tenho de tantas bobeiras e insignificâncias.

Mas talvez essa seja a forma que a vida, ou Deus, tem de mostrar que, ou precisamos ter coragem de enfrentar logo, ou que ainda não é a hora certa. Mas pensando bem, quando sabemos que é?

Acho que uma distração momentânea ainda seria pouco. Talvez um longo período comigo mesma. Dizem que antes de querermos saber o que nos aguarda pelo mundo, devemos entender o que nós procuramos por ele. Não há problema algum em não saber o que queremos, mas temos a obrigatoriedade de saber o que não queremos.

O que quero e vou fazer agora é esperar. Horrível esperar que as coisas caiam do céu? Sim. Mas às vezes precisamos dar um tempo de tanto procurar. Principalmente quando o que estamos procurando é o amor. Seja com quem ou com o que for. Errados são os que querem encontrar amor apenas em outras pessoas. Não por todo aquele clichê de que precisamos amar a nós mesmos, coisa e tal, mas sim porque as pessoas nunca vão corresponder às nossas expectativas, exatamente da forma que imaginamos. Eis o chamado amor não correspondido. Porém quando procuramos o amor em lugares e objetos, de certa forma, estamos procurando em nós mesmos, já que sempre iremos atrás do que nos faz bem e do que gostamos. Se sabemos do que gostamos, mais um item a ser anotado nas coisas que nos aguardam pelo mundo e um a menos na lista do que estamos procurando.

Sempre gostei da véspera de natal e de ano novo. Acho que é porque sinto que um novo ano está próximo e terei a chance de começar mais uma vez, da forma que eu quiser. Procurar novas metas, novos objetivos, novos sonhos.

Às vezes precisamos esquecer vontades e sentimentos antigos para que possamos nos apegar a novos.



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