
Algumas pessoas permanecem em nossas vidas tempo o suficiente para que acrescentem alguma coisa. E depois elas vão embora. Não necessariamente por escolha delas. Nossas vidas são divididas em fases. Em ordens diferentes para cada um. E em cada fase, somos responsáveis por opiniões e responsabilidades diferentes. E na maioria das vezes, por paixões diferentes também. Não necessariamente paixões boas. E as coisas só terminam porque chegou a hora daquela fase acabar, pra que outra possa começar.
Depois de algumas noites mal dormidas e teorias escritas em páginas em branco do word, acabei chegando a conclusão de que absolutamente todos os momentos que presenciamos e pessoas que conhecemos tem um motivo, mesmo que a longo prazo, para acontecerem e fazerem sentido.
O tempo faz com que amadureçamos pra poder entender que não é porque uma pessoa nunca deixou de estar conosco, dentro de nós, que esse alguém também foi feito para ficar conosco, do lado de fora. Mas eu ainda sou nova demais para querer entender alguma coisa de amor. Meus pais já passaram dos cinquenta e mesmo assim às vezes não entendem.
Uma vez eu li em algum lugar que o amor é uma questão de escolha. Você conhece as qualidades e os defeitos de alguém e então, mesmo assim ou por causa disso, você escolhe amá-lo. Quem escreveu isso provavelmente nunca sequer se apaixonou. Não que paixões aos dezoito anos tenham muito sentido. Mas pra ser sincera, em qual idade elas começam a ter? É como dizem, o amor não bate a nossa porta. Ele entra. Mas junto dele também entram o tesão e a paixão. Parte de crescer é saber diferenciar cada um. Então eu digo que nunca irei crescer, porque a minha teoria é que o amor é a junção de todos os sentimentos, e que em cada sentimento existe um pouquinho de amor. Mesmo nos sentimentos ruins.
Por muito tempo fui alguém que me contentava com meias palavras. Não importava se elas fossem verdadeiras ou cheias de um imenso vazio. Desde que fossem ditas pela pessoa certa, me bastava. Mas acho que quando a gente cresce, as coisas mudam. Palavras deixam de ter a mesma importância e começamos a procurar por atitudes. Porque a junção de todas as nossas experiências, e de todos aqueles momentos que achamos que só havia nos acontecido por acaso, acaba nos ensinando que uma vez que alguém quer de verdade, palavras não são o suficiente pra demonstrar alguma coisa. E que grandes atitudes são sim coisas realmente lindas, mas que uma vida não pode ser construída apenas de grandes coisas, afinal, são os detalhes que importam.
Quando a gente cresce, percebe que não precisa de palavras, pedidos ou promessas em vão. E percebe que quando alguma coisa mais nos deixa triste do que faz feliz, mesmo que amemos com todas as forças e todos os órgãos, precisamos ir embora. Quando a gente cresce, acabamos aprendendo a deixar ir. Afinal, se um momento realmente importante da nossa vida acabou, é porque chegou a hora de uma nova fase começar. Crescer não está envolvido com a idade mas sim no que você aprendeu até chegar nela.
A menos que você seja o Chuck Bass, mas aí já é uma outra história.
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