Durante
todos os meus dias de vida, todos os momentos e experiências, durante cada
fase, cada emoção, sensação ou opinião, durante cada significado que cada uma
das coisas já teve e deixou de ter, cada revista que li com receitas de vida,
de relacionamentos ou de como enlouquecer o seu homem na cama, sobre o
politicamente – ou não – correto, descobri que existem apenas três tipos de
pessoas.
As
pessoas que são, as pessoas que tentam ser e as pessoas que se escondem em seu
próprio ser.
Errôneos
são os que vêem a sensualidade – tanto feminina quanto masculina – como sendo
os atrativos físicos.
Vi,
certa vez, em algum lugar uma comparação entre duas fotos. De um lado, Marilyn
Monroe, com suas gordurinhas, pneuzinhos e um sorriso enorme no rosto. Do
outro, uma modelo com um corpo impecável,
sem um centímetro de gordura localizada, barriga lizinha e uma cara de quem
comeu e não gostou para – tentar – parecer sexy. A partir dali, percebi o
quanto a auto-confiança se basta como sex appeal.
Não
quero entrar no eterno conflito corpo x você. O quero realçar é sobre a
transparência, a graça e a leveza que tem as pessoas que se mostram por inteiro
– e não, não digo isso me referindo ao seu corpo – com suas opiniões, seus
defeitos, seu coração, sem a apreensão para serem aceitas ou o medo de serem
julgadas.
As
pessoas mais encantadoras que conheço não são as mais bonitas, não são as mais
feias, não são as mais gostosas, mais magras ou mais gordas. As pessoas mais
encantadoras que conheço são encantadoras por não se guardarem, por não se
esconderem. São encantadoras por terem a alforria de mergulhar – mesmo que no
desconhecido –, e por se entregarem por inteiro. São encantadoras porque se
valem por si só.
As
pessoas se tornam mais bonitas quando não se escondem. Se tornam mais bonitas
quando deixam a alma transparecer. Se tornam mais bonitas quando mesmo se
ferindo, continuam com a mesma empolgação.
É
ingenuidade achar que por se fechar – com suas opiniões, ideais e anseios –, as
chances de se machucar serão menores. Que por não se expor, você não será
julgado. Julgados, todos nós somos, por ser ou por se esconder em seu ser. Pra
quem mais se fecha, a queda é maior.
Então,
se sofreremos de qualquer forma, que soframos fazendo o que nos deixa feliz.
Permitam-se
ser, permitam-se transparecer.
O maior
sex appeal é a sinceridade e a transparência da alma e do coração.


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