A ânsia por se permitir



        Dizem as boas línguas que as leis do certo e errado são completamente relativas. Isso porque as influencias funcionam de formas diferentes para cada um.

As pessoas passam a maior parte de suas vidas fazendo escolhas se baseando na expectativa – que elas pensam ser – dos outros. Tudo isso por medo de serem julgadas, lá na frente.
O problema que ninguém conta pra você é que esses “outros” não estarão lá na frente quando as consequências das suas escolhas vierem.

A questão crucial que lhes ofereço para refletir é: se seremos julgados fazendo ou não o que queremos, porque não ser julgado por fazer, então? A vantagem disso é que, pelo menos, você fez o que queria fazer.

Sou uma amante assumida dos amores gritados aos quatro ventos de todos os cantos. Os desamados e desalmados que me perdoem, mas o amor é muito bonito pra ser mantido em segredo.

Voto por podermos ter o direito de fazer, ser, sentir, querer, opinar, idealizar, sonhar, amar, repulsar, ansiar, objetivar, pensar, usar e realizar o que bem entendermos, independente de julgamento, aceitação ou exclusão de terceiros.

Voto pelo direito de flertar, beijar, se apaixonar, se encantar, se excitar, transar, gozar, acordar ao lado de, querer, desejar, almejar e amar quem quisermos, quando quisermos. Que seja um, que seja dois, que seja dez. Que seja em uma mesma semana, em uma mesma noite, em uma mesma pessoa.

Que corramos atrás de todos os nossos sonhos e anseios, independente de tudo e qualquer coisa. Que paremos Deus e o mundo em nome de um momento bonito, uma flor no jardim, um casal de velhinhos de mãos dadas, um amor verdadeiro, um olhar penetrante, um beijo em um desconhecido SÓ porque ele tinha um sorriso encantador. Que agradeçamos todos os dias por termos um “todos os dias”. Que dancemos no meio da rua, que ofereçamos um abraço à um morador de rua – e um pão com manteiga na padaria. Que distribuamos poesias e serenatas. Que gritemos porque estamos felizes.

Felicidade boa é felicidade que esquenta mais de um coração ao mesmo tempo, pelas mesmas razões.

Então, os desamados e desalmados que me perdoem, mas os sonhos, anseios e devaneios são meus e eu levo-os onde eu bem entender!


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