
Foi forte. Foi tão rápido... E tão demorado. Tão lento. Tranquilo? De uma forma estranha, mas sim, houve tranquilidade. Tranquilidade nos sons, nos gemidos, nos suspiros. E agressividade. Agressividade no olhar. Na respiração. Nas suas mãos e nas minhas. Nas suas mãos com as minhas. Nas minhas unhas cravando suas costas e o colchão. E nas nossas tentando se segurar. Se segurar nos lençóis. Se segurar em nós mesmos.
O frio. O calor. A chuva que batia no vidro da minha janela e a lua que iluminava todo o quarto. A porta trancada para que ninguém pudesse entrar. O suor escorrendo para que todos soubessem no dia seguinte. A música que você colocou pra tocar no fundo. As melodias suaves nos momentos errados. As melodias agitadas nos momentos certos. Mas não importava. Nem o céu estrelado. Nem o quarto semi iluminado. Só a visão do teto e o coração acelerado.
Meu cabelo estava horrível. E era nele que você mais gostava de mexer. O seu estava encharcado. Parecia que havia acabado de sair do banho. Mas o único banho era o dos seus lábios nos meus. Um banho de mar e não de chuveiro. Um banho de oceanos e oceanos. Um banho de infinitos litros. Meu escudo então, baixou a guarda. Os tijolos do meu muro caíram. E eu me entreguei. Sem medo, sem receio, sem me preocupar, pela primeira vez sem me preocupar. Sempre dizia, antes de você, que era a primeira vez que não me preocupava. Dizia em todas as vezes. Em todas fora mentira. Como você vai saber que é verdade? Porque no dia seguinte te chamei pra ver um filme francês no cinema, e beber um café holandês na esquina. Tirei uma foto pra você. Quis arrumar o seu cabelo no espelho. Fiz um doce pra mim e fingi que não vi você passar o dedo na cobertura. E é assim que você vai saber que é verdade.
Seu cabelo caído no olho. O meu espalhado pelo travesseiro. Os músculos do seu braço apoiando minha cabeça para que ela não voasse longe. As minhas costas arqueadas pra não desmoronar.
Seus olhos esverdeados encaravam os meus fechados. Suas três pintas no queixo formavam um desenho. Cada uma formava um desenho diferente. Sua rigidez despertava em mim sensações que eu só conhecia nos livros. Nos livros da Meg Cabot que eu comprava escondido da minha mãe, porque ela não acreditava que uma história e sexo podem se misturar sem resultar em 50 tons de cinza. Ela ainda não conhece a nossa história. O livro que a gente, com nossos corpos, está escrevendo agora.
Os pensamentos desapareceram. E de repente o mundo também. Eu não queria contar pra ninguém. Não por medo do que comentariam de mim. Mas porque era um conto que eu queria guardar com todas as minhas forças e esconder dentro do meu baú que guardo na terceira gaveta do meu guarda-roupas.
Não me importei com a nudez. Não me importei com meu corpo vulnerável. Não eram os corpos despidos. Era a transparência. Ou então um orgasmo...
O.O
ResponderExcluir*-*
ExcluirQUE ISSOOO kkk adoreii!
ResponderExcluirimaginei toda cena masudhuashdu adorei adorei, tu escreve mt bem em!
parabéns kk
seu blog é lindo!
beijos da Lari <3
Blog Call me Lari
HAHAHAH AIII OBRIGADA, FLORR *-*
ExcluirMuitíssimo obrigada, fico tão feliz por saber que consegui despertar a imaginação de um leitor <3
Adorei também, muito bem escrito, parabéns! :D
ResponderExcluirhttp://evelinngomes.blogspot.com.br
Ah, obrigada Évelin. *-*
ExcluirPoxa O.o
ResponderExcluirHoje eu estava no maior desanimo para ler e tal, quando decido ler o texto, fico de queixo caído com tamanho talento. Ate minha imaginação você conseguiu despertar. Agora vou ficar adepta a seus textos, muito bem escritos, detalhados de tal maneira. Chega pensei: Tenho que comentar rsrsrs. Parabéns Raianny, você e super talentosa!
http://heyliberdade.blogspot.com.br/
Muitíssimo Obrigada Jéssica, você não sabe o quanto teu comentário me deixou feliz *-* Muito obrigada, mesmo!
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