
Nunca fui do tipo de pessoa que se deixava levar. Eu costumava lacrar meu coração quando o assunto era amor. Sempre tive medo de ser machucada, foram tantas as vezes que isso aconteceu, que nunca mais arrisquei. E então você apareceu. Apareceu com suas palavras engraçadas, suas brincadeiras, suas histórias engraçadas, seus depoimentos sobre o certo e o errado... E eu tive tanta vontade de deixar você entrar, tanta vontade. Eu praticamente ouvia as batidas na porta toda vez que meu celular vibrava com uma notificação tua.
E com cada notificação tua, vinha uma dúvida minha. Você já teve muitas outras garotas, entende. Por que uma que está tão longe faria com que você se sentisse diferente? Eu pensei muito sobre isso... E, sinceramente? Quase deixei tudo para trás. Porque o medo que eu sentia ainda não foi embora. O medo de ser magoada ainda não se extinguiu. O que tu diz pra mim pode muito bem ser dito para outras várias meninas.
Um dos meus grandes problemas sempre foi procurar incansáveis desculpas para não admitir algo que eu e meu coração já sabemos. Eu sinto que você sente por mim o mesmo que eu sinto por ti, e sei que meu coração também sabe. Nós somos tão diferentes, temos gostos diferentes e modos de pensar diferentes, mas mesmo assim, só de falar com você eu percebo que estou disposta a relevar e aceitar os teus defeitos se você for capaz de aceitar alguns dos meus defeitos também.
Eu costumava passar muito tempo pensando no depois e, consequentemente, eu ia afastando as pessoas que pareciam se importar comigo. Pouco a pouco. E aí eu deixei você entrar, e olha só o que aconteceu... A confiança aumenta cada dia mais e, quem sabe um dia, o que temos deixará de ser apenas palavras, e se tornarão atos?
Me sinto completa, simplesmente por ter aberto a porta para você. Não tenho mais medo do amanhã, nem do que pode acontecer daqui a algumas horas. Para falar a verdade, eu gosto de não saber o que esperar sempre que você vem falar comigo. São tão boas aquelas borboletas no estômago (sinceramente, estão mais para uma manada de elefantes).
As pessoas são instáveis. Não só as pessoas, mas também os sentimentos. É boa a sensação de ter alguém por perto, mesmo alguém que está relativamente longe... A distância encurta quando a gente resolve/aprende a diferenciar o "correto" do "certo". Sim, o correto do certo. O correto seria eu me afastar agora e não correr o risco de me machucar, e era nisso que eu procurava pensar para me convencer de que o melhor seria ir embora. O certo, no caso, é eu assumir de uma vez por todas o que sinto e jogar os dados na mesa.
Sofrer é a mínima parte de se apaixonar. Muitas vezes, é inevitável. Mas o que eu aprendi nesses poucos meses foi que temos que nos arrepender do que fizemos, e não o contrário. Eu não ir embora amanhã e me culpar por não ter me deixado levar, por não ter deixado as coisas seguirem seu curso. E se der errado, você vai ser só mais um babaca com olhos lindos, no meio de tantos outros babacas que também tinham olhos lindos e que fizeram meu coração bater mais forte, e logo depois me fizeram sofrer. Mas, ainda assim, só mais um babaca.
Você escreve bem. Muito bem por sinal. Mas eu não concordo com a parte de "se arrepender do que fez em vez do que não fez". Tenho arrependimentos que gostaria de ter me poupado. Mas cada cabeça, uma sentença.
ResponderExcluirSeu blog é lindo! Beijão
Lilás & Sol
Boa noite :) Achei o teu comentário muito interessante, pois também tenho (muitos) arrependimentos que gostaria de ter me poupado. Mas tudo mudou quando eu abri a porta pro meu certo alguém, sabe? Eu passei tanto tempo me privando de coisas que poderiam ter me satisfeito (ou não) que não quero mais fazer isso!
ExcluirAaaaah, dei uma olhada no teu blog e A-M-E-I o post "Não era sobre você". Você escreve muito, muito bem.
Beijos!
Eu embarquei no texto de uma forma que me achei em algumas frases sobre medo de amar e essas outras coisas, simplesmente perfeito a forma como você relata esses detalhes, eu não sei se é sobre sua vida ou uma ficção mas é genial a maneira como você escreve parabéns.
ResponderExcluirBeijos Lindo blog
Fragmentos Intensos
Esse texto é sobre a minha vida, sim. Mas sabe de uma coisa? É tão bom perder o esse medo... Isso literalmente nos liberta e estou experimentando isso agora. E foram poucas às vezes que consegui colocar tudo o que sinto em palavras! Obrigada por ter lido, e ainda mais por ter gostado. Beijos.
ExcluirEu me identifiquei muito com seu texto, principalmente na parte de ter medo de me relacionar, o famoso "lacrar o coração", por eu ser uma pessoa muito frágil e fácil de se magoar, sempre que eu gostava de alguém fazia de tudo pra parar. Fiz isso com meu atual namorado, mas o sentimento foi tão forte que larguei esse medo e me joguei de cabeça na relação. Esse assunto de amar é muito complexo, porque a gente vive com tanta gente que se decepciona, que o medo vai crescendo a cada dia. Você escreve muito bem, nem parecia que eu tava lendo um simples post de um blog.
ResponderExcluirAmeii mesmo!
ps: Eu não costumo ler texto de blog, mas o seu me chamou muita atenção.
Beijos fofa!
http://katdreamin.blogspot.com.br/
Eu sempre achei que se me fechasse, isso me pouparia tanto sofrimento, sabe? Sempre tive medo do "depois", sempre tive medo de que estivessem apenas brincando comigo. E quando a gente se permite, quando nos deixamos experimentar coisas novas... isso, literalmente, nos renova, não é verdade?
ResponderExcluirFiquei muitíssimo feliz após ler teu comentário. Dei uma olhada no seu blog e amei também!
Muito obrigada pelas palavras, lindona!
Beijos