Não
querendo dar uma de patriota pós-eleições, mas talvez a vitória do PT, por mais
quatro longos anos, e a reação que alguns brasileiros tiveram para com outros
de sua nacionalidade tenha me influenciado um pouco.
Apesar de
ter me manifestado de várias formas no facebook depois de presenciar discursos preconceituosos
e xenofóbicos sobre o fato da prevalência dos votos 13 terem sido no norte e
nordeste, no post de hoje não quero dar nenhum sermão contra xenofobia.
Muitas
das pessoas que ofenderam os nordestinos não devem ter passado pelo ensino
médio, acho eu. Em primeiro lugar por não saberem que foi o nordeste quem,
praticamente, construiu São Paulo. Em segundo lugar, porque a maioria da nossa
literatura teve nascimento lá. Nas secas e no calor do nordeste. E é sobre isso
que vim falar hoje.
O que
seria de nossa literatura e de nossas listas de livros da FUVEST sem nomes como
Graciliano Ramos, José de Alencar ou Jorge Amado?
Em meio a vida difícil de retirantes na seca do nordeste, divididos entre uma região sem vida nenhuma e uma sociedade de ricos bem ao lado, uma turma de "órfãos" de famílias diferentes que se juntaram e formaram uma só família, uma mulher que descobre o amor verdadeiro de onde menos espera, e muitos outros romances...
De todos os seis, meu preferido foi Senhora, de José de Alencar. Um conselho pra ler esses
livros com linguagem massante é transformar a história de antigamente em algo dos dias de hoje. E um conselho pra quem quer falar mal de uma região tão maravilhosa do Brasil é conhecer sua cultura, antes.


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