Sobre continuar lutando

E se, de novo, eu cair?...

E se, de novo, eu cair, eu aprendo a me levantar. E se, de novo, eu cair, eu vou aprender a lutar. E se, de novo, eu cair... Aprendo a brincar com as flores do chão. 

Vista sua armadura, pegue seu escudo e vamos à guerra! 

Não importa quantas vezes teremos de enfrentar a dor cara a cara, olho no olho, se eu já caí tantas vezes, aquela não passará de só mais uma. Enfrentar uma experiencia ruim arde, queima, rói cada pedacinho do coração e a acidez é tanta que nos trancamos em um casulo e não deixamos que mais nada, além de nós mesmos, permaneçam ali dentro. Talvez isso nos prive de sentir mais dor, mas também nos priva de sentir a leveza e a beleza que o mundo esconde. E eu não vou deixar que ninguém tenha esse poder sobre mim. Não vou deixar que ninguém me prive de viver. Mesmo que a dor e o amor caminhem juntos.

Com o tempo a gente aprende que se não levantar a cabeça e brigar com unhas e dentes, acabamos sendo envoltos por um enorme mar de medos e traumas, lá na frente, e vai ser mais difícil pra nadar contra a maré. 

Ninguém está imune aos espinhos da floresta selvagem que é o mundo, mas depois de nos ferir algumas vezes, acabamos nos forçando a aprender a lutar. 

Não importa que todas as janelas do meu corpo se quebrem e os cacos de vidro me cortem novamente, eu sempre vou olhar pra cada marca e me orgulhar por ter conseguido passar por aquilo.

Erga a cabeça, olhe para o mundo, e de o seu melhor sorriso, vista suas melhores roupas. 

E se, de novo, eu cair?

As coisas tem o poder que damos à elas. E eu vou continuar voando. E vou continuar lutando. 

Ao meu amorzinho (ele que pediu pra colocar amorzinho) por ter me mostrado essa música. (Obrigada, Matheus).