
O que me interessa mesmo é esse lado teu que ninguém ainda conheceu. Esse lado
teu cheio de defeitos, cheio de bagunça, cheio de escárnios e cheio de
blasfêmia. O que me interessa mesmo é essa sua risada carregada de ironia e
sarcasmo. Essa excentricidade de enxergar o mundo que se parece um pouco com a
minha. Esse teu jeito autoritário e tudo isso junto que eu odeio ter aprendido
a amar.
Acordar em uma manhã de terça feira, com o barulho das gotas de
chuva batendo na minha janela de metal, finalmente ter o céu de São Paulo
nublado, ver você deitado na cama, do meu lado, com os olhos fechados e
roubando o meu cobertor, e decidir, simplesmente, não querer riscar ou
anotar mais nomes dentro de mim.
Não me lembro da última vez – na verdade, nem chegou a haver uma
primeira – em que te mostrei uma música e você tenha gostado – você odiou
todas.
Você não se adaptou às minhas manias e nem aos meus gostos sobre
cultura. Eu não elogiei sua comida - na verdade, só lembro de ter a criticado -
e nem você, o meu café. Mas sei que, de uma maneira ou outra, um se
encaixou na rotina do outro.
Cada segredo que contamos, coisas que nem mesmo admitiamos para
nós mesmos, são como permissões pra fazer parte do seu dia-a-dia. São como
planos que fazemos sozinhos, cada um pra si, mas de certa forma, os encaixamos.
E se amor é como poesia ou melodia, nossa poesia são os olhares
maliciosos que trocamos e nossa melodia são os meus gemidos provocados por
você.
Então você trouxe tudo o que eu precisava, mas nem sabia que
queria. Quando o coração transborda sentimento, não há parágrafos ou
frases que o apaziguem.
Você levou embora minhas inseguranças - físicas e
psicológicas. E em troca delas, você me deu um orgasmo. Me fez gritar em forma
de sorrisos, te arranhar em forma de um abraço, gozar em forma de beijos. E
vice-versa.
Não sei dizer como você chegou. Mas você chegou. Chegou e não foi
mais. Aliás, até foi, mas dentro de mim, e não embora. Você quis me conhecer
como pode. Cada centímetro do meu corpo, cada defeito da minha mente, cada
limite sentimental. Me fez ter coragem de enfrentar o mundo e humildade pra
lidar com ele.
Um dia conhecemos a pessoa certa. Alguém cuja a a simples presença
seja o bastante para amenizar nossa dor. Alguém cuja a relação não tenha a
necessidade de rótulos ou status. Alguém que não temos medo de perder, porque
sabemos que mesmo que algum dia ele não esteja mais lá, sempre irá existir o
que nos foi agregado.
O amor precisa de sorrisos que marquem sua presença e não de juras
sobre a eternidade. O eterno se trata sobre sempre ser lembrado e não sobre
durar para sempre.
E você, meu bem, será daqueles amores épicos dos quais me odiarei
por nunca esquecer.
Vai tomar no cu Raianny, me beija! :(
ResponderExcluirMe transa, Tay HAHAHHA <3
ExcluirMuitíssimo obrigada, fico muito feliz por ter gostado *-*
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